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Dr. Adriano Daudt
Fisioterapeuta
Crefito5 19368F

[Vídeo] Reabilitação Neurológica Especializada



Neste vídeo, o fisioterapeuta Adriano Daudt reforça a gravidade dos casos neurológicos e a importância de um tratamento especializado para alcançar resultados eficazes.

Clique aqui para assistir ao vídeo!

Fibromialgia e Síndrome da Dor Miofascial: É preciso foco na eficácia do tratamento


Duas entidades patológicas que venho lidando seguidamente são a fibromialgia (FM) e a síndrome da dor miofascial (SDM). Mesmo que elas se manifestem no corpo de forma parecida, não são filhas da mesma mãe, ou seja, não são irmãs. Enquanto na SDM a origem (etiologia) da dor está vinculada a fenômenos inflamatórios, na FM sua origem envolve substratos químicos e neurogênicos. Mas elas podem ser consideradas primas, já que possuem outras características que se igualam: a dor crônica e os pontos dolorosos (trigger points).

Um resumo dos itens que entram na Avaliação Neurofuncional



Itens que entram na Avaliação Neurofuncional da Fisioterapia especializada após um dano neurológico

A Fisioterapia especializada no paciente neurológico exige uma correta avaliação do físico e do movimento após um dano neurológico, seja encefálico ou medular.
Entram na avaliação itens como comportamento, tônus, capacidade de trocar posturas e muitos outros, como pode ser visto de forma resumida neste vídeo.

Dr. Adriano Daudt
Crefito5 19368F
www.reabilitacaoneurologica.com.br

Inteligência corporal-cinestésica do paciente neurológico



Quando se reabilita pacientes neurológicos através de manuseio corporal, que nada mais é que a terapia física aplicada, o profissional começa a perceber que diferentes pacientes “agem” e “reagem” de forma peculiar, diversa uns do outros, em relação aos movimentos próprios. Vê-se que alguns, apesar de um quadro menos grave, tem muita dificuldade de entender ou colaborar com a facilitação que o fisioterapeuta imprime aos seus movimentos; enquanto outros, por vezes mais graves em seus quadros neurológicos, conseguem uma ótima performance e, como é de se esperar, obtém melhores resultados relativos. Em parte, pode se considerar que isso ocorre em decorrência da patologia instalada, que tem a ver com o local do sistema nervoso lesado, com o tamanho da lesão, com o tipo de lesão etc. Porém, a experiência mostra que não é só isso que causa a dificuldade citada.

Em seu importante livro Estruturas da Mente: A teoria das Múltiplas Inteligências, o psicólogo americano Howard Gardner explicita a diversidade de inteligências potenciais com as quais o ser humano nasce e que, ao longo de seu crescimento, dependendo de diferentes fatores, entre eles o ambiente em que vive, pode ou não vir a desenvolvê-las.
Apesar do tema teórico e bastante voltado para a área da cognição, um tipo específico de inteligência descrita pelo autor interessa ao fisioterapeuta: é a Inteligência corporal-cinestésica. Em princípio, este termo é fácil de ser entendido, pois liga corpo e movimento, podendo ser a base de qualquer especificação posterior que se venha a fazer. Quem lida com o movimento humano, está bem afeiçoado a ele, desde a academia.

Por sua vez, Gardner dá uma roupagem a este tema que o fisioterapeuta, de forma geral, não está acostumado. Ele enfatiza o uso do corpo como uma forma de inteligência, tendo como perspectiva performances altamente hábeis – próprias dos chamados “exceção” – e os diversos aspectos mentais e neurológicos que envolvem tais habilidades. Assim, a abordagem, poderíamos dizer, está vinculada mais a psicomotricidade do que a motricidade em si, mesmo que esta não fique de lado em sua exposição magistral.

Aproveitando a performance mímica do artista Marcel marceau, que Gardner descreve no início do capítulo, ele diz: “Característica desta inteligência é a capacidade de usar o próprio corpo de maneiras altamente diferenciadas e hábeis para propósitos expressivos assim como voltados a objetivos: estes que vemos quando Marceau finge correr, subir no trem ou carregar uma maleta pesada. Igualmente característica é a capacidade de trabalhar com objetos, tanto os que envolvem movimentos motores finos dos dedos e mãos quanto os que exploram movimentos grosseiros do corpo.”

Mais adiante, o autor diz, ao tratar do escopo do capítulo: “...focalizarei sobre indivíduos – como dançarinos e nadadores – que desenvolvem domínio aguçado sobre os movimentos de seus corpos, assim como sobre os indivíduos – como artesãos, jogadores de bola e instrumentistas – que são capazes de manipular objetos com refinamento. Mas também considerarei outros indivíduos em quem o uso do corpo prova ser central, como os inventores ou os atores.”

Basicamente, o que Gardner enfatiza é que certos indivíduos fazem de seu corpo um objeto inteligente, sendo esta inteligência manifesta em alguma habilidade extrema. E quando fala em objeto, não significa dar um sentido de “máquina” ao corpo, mas sim de principal instrumento de expansão da potencialidade do próprio ser.

Podemos associar a abordagem de Gardner aos ensinamentos do genial psicomotricista português Vítor da Fonseca que, em seu livro Manual de Observação Psicomotora: Significação Psiconeurológica dos fatores Psicomotores, coloca as dificuldades psicomotoras de certas crianças como a causa primeira de problemas de aprendizagem e cognição. Ou seja, crianças que não “sabem” ou não “conseguem” usar seus corpos com inteligência motora, não conseguem desenvolver plenamente o seu cognitivo.

E isso fica claro, quando Fonseca diz: “... percebemos a evolução da criança do reflexo à reflexão, do ato ao pensamento e do gesto à palavra.”

Assim, voltando ao primeiro parágrafo, podemos afirmar, ao verificar muitas das diferenças de recuperação do movimento, que isso também ocorre devido a inteligência corporal-cinestésica dos pacientes que, é claro, já existia antes de suas doenças e se manteve, em parte.  São pessoas que ainda tem aquele “domínio aguçado sobre os movimentos de seus corpos”, como disse Gardner.  Mesmo que a palavra “aguçado” seja exagerada aqui, tal inteligência física, ao ser identificada no paciente, deve ser mais um elemento usado na reabilitação.

Dr. Adriano Daudt
Crefito5 19368F

Da série: respondendo a pergunta...



A pergunta é de Catiane (estudante de Fisioterapia): 
- um paciente que teve meningite, por exemplo, e esta em coma, quais são os aspectos neurológicos que poderia detectar nele, quais reflexos apareceram e movimentos , fale sobre todas as alterações visíveis pela fisioterapia enquanto este paciente esta no leito, falando em aspectos neurológicos...Quais são os aspectos clínicos de um paciente em UTI? Que reflexos apareceram e desapareceram? quais alterações? tônus? etc....

Olá, Catiane!

O paciente neurológico em UTI pode apresentar-se com diferentes quadros clínicos. Depende muito da doença que o está acometendo e da sua gravidade. O paciente pode ter uma doença aguda, como o traumatismo craniano ou AVC, ou apresentar sequelas de uma patologia antiga. A Fisioterapia, nesses pacientes, divide-se, basicamente, em respiratória e motora. Na motora, estão incluídos os objetivos neurofuncionais (tônus, força, troca de posturas...) e os ortopédicos (amplitudes das articulações, alongamentos...).

Diversos itens da avaliação neurofuncional ficam prejudicados quando o paciente está inconsciente. O fisioterapeuta deve estar atento, principalmente, às alterações de tônus e às posturas anormais que podem surgir. Movimento ativo, força, equilíbrio (mesmo em decúbito lateral), sensibilidade, reações de endireitamento e tantos outros componentes não podem ser avaliados. Objetivamente, somente o tônus e os reflexos fásicos (de menor importância) são considerados, pois são os que menos dependem da consciência. Aqui, o trabalho de reabilitação é quase todo passivo. Porém, atualmente, se preconiza que o fisioterapeuta faça o máximo de movimentos com o paciente, inclusive, colocando-o sentado com as pernas para fora, fazendo pressão embaixo dos pés como se estivesse pisando no chão, fazendo pressão nos braços apoiados, estendendo e girando tronco, levantando o pescoço e a cabeça. Enfim, mesmo que o paciente esteja com tubos, mangueiras e outros equipamentos médicos e de enfermagem, temos que mobilizá-lo ao máximo. O resultado disso aparece depois... 

O paciente que está em vigília e respondendo ativamente a estímulos variados, mesmo que parcialmente, muitas vezes tem condições de fornecer muitas informações ao fisioterapeuta. Inclusive, a possibilidade de levantar-se do leito com ou sem ajuda, ficando em pé ao lado do leito. Nesses casos, o trabalho deixa de ser passivo e torna-se ativo-assistido ou ativo. Depende das condições do paciente, dos cuidados específicos para cada caso e da habilidade do profissional. Um tratamento progressivo, considerando o tempo estimado que o paciente ficará na UTI e o que ele já realiza (quanto ao movimento), pode ser uma alternativa. 

Muitos casos em UTI estão entre a inconsciência grave (Glasgow 3 ou 4) e a consciência responsiva. Sonolência, estupor, agitação psicomotora e outros comportamentos intermediários devem levar o fisioterapeuta a encontrar soluções avaliativas e de tratamento. Não se pode esquecer de introduzir um Programa de Posicionamento urgente, considerando-se os decúbitos dorsal, lateral, sentado no leito com a cabeceira elevada ou na cadeira fora do leito; assim como, os segmentos acometidos e com risco de limitações. Tal procedimento deveria ser adotado por todos que lidam com o paciente na UTI ou nas enfermarias, sendo o fisioterapeuta o responsável pelas orientações.

Abraços. 
www.reabilitacaoneurologica.com.br

Dr. Adriano Daudt,
Crefito5 19.368F.